Férias são férias... e confesso que mal tenha cozinhado até! Tenho aproveitado para estar com a família, com o namorado, para me divertir e relaxar e, acima de tudo, para descansar, mas não podia deixar de partilhar com todos vocês o convite para uma entrevista que me foi feito pelo Receitas Sem Fronteiras recentemente.
Trata-se de uma comunidade de cozinheiros que, sem fronteiras, partilham as suas experiências, as suas receitas... e será um enorme prazer juntar-me a esta comunidade maravilhosa que, infelizmente, não conhecia antes do convite.
Podem ler a entrevista na integra AQUI e ficar a conhecer um pouco mais deste meu cantinho.
Espero que gostem!
Espero que gostem!
Como você teve ideia de criar o blog ‘Arco-íris na Cozinha’ e como foi o processo de desenvolvimento do mesmo?
A ideia nunca me tinha ocorrido… se há alguns anos me dissessem que eu ia adorar cozinhar e que teria um blogue de culinária, eu diria que estavam malucos (risos) e que claramente não me conheciam! Era a pior cozinheira do mundo e as sucessivas tentativas arruinadas fizeram-me desistir de compreender a cozinha, e mantive-me afastada.
Certo dia quis fazer uns raviolis de compra e, ao pesquisar na Internet, encontrei o fórum Sabor Intenso: uma comunidade repleta de receitas, vídeos, truques e dicas… enfim, tudo o que se pode precisar para aprender a cozinhar, ou até mesmo melhorar as nossas receitas e encontrar muitas outras novas. Mas acima de tudo encontrei nessa comunidade um enorme apoio, que me incutiu o gosto pela cozinha, pela experiência e também pela partilha das minhas experiências culinárias.
E assim, alguns meses depois, nasceu o blogue Arco-íris na Cozinha que era, inicialmente, uma forma de guardar as receitas de que tínhamos gostado lá em casa, funcionando como um bloco de notas, porque eu sou muito desorganizada e, como tal, nunca sabia onde estavam as receitas que queria, era uma confusão (risos)! E desta forma, tendo este compromisso de ir colocando novas receitas, consegui organizar-me e satisfazer o bichinho que foi crescendo cada vez mais dentro de mim ao longo destes quase dois anos de blogue…
Hoje em dia o blogue é uma parte importante da minha vida, é a minha segunda ocupação, depois dos estudos claro, e todas as etapas que o envolvem são relaxantes e gratificantes: desde a seleção da receita, à sua confecção e publicação.
De forma geral, como você aborda cada tema em seu blog, como escolhe as receitas e as fotos? Existe um tema/área em especial que te interessa mais na Culinária?
Normalmente escolho as receitas em revistas, livros, ou ainda em programas de televisão ou blogues de culinária que sigo, adaptando a receita aos ingredientes que tenho em casa ou que quero experimentar, dando preferência a produtos naturais, bem como frutas e legumes sazonais.
Neste momento devo ter marcadas, sem exageros, umas duas mil receitas (risos) e, sem grandes expectativas claro, gostava de as confeccionar a todas… se bem que, o ritmo a que as coleciono seja claramente superior (risos), mas quem gosta de cozinhar percebe o que quero dizer!
Existe, recentemente, uma nova temática no blogue, que tem um significado especial para mim que são as receitas para diabéticos. A minha bisavó foi um pilar da minha infância e deu-me sempre o melhor, mesmo sem eu ter consciência disso; ela sofria de diabetes e a doença piorou muito a vida dela, a doença roubou-lhe qualidade de vida e levou-lhe os membros inferiores, e praticamente toda a visão e a audição, e isso marcou-me muito.
Quando, há alguns meses, uma leitora do blogue me sugeriu que confecciona-se receitas adaptadas a pessoas com este problema, nem pensei duas vezes! Era a minha oportunidade de ajudar alguém e de agradecer à minha bisavó por tudo… então comecei a pesquisa o assunto, arranjei alguns livros e agora, sempre que posso, publico receitas para diabéticos, mas também para quem pretende ter uma alimentação mais saudável, havendo sobretudo sobremesas, como seria de esperar (risos).
Conte-nos sobre algo que você não gosta na Gastronomia. E também sobre o que você mais gosta.
É mais fácil para mim falar do que gosto na gastronomia porque ela marca-nos profundamente e, muitas vezes, nem nos damos conta disso… sempre que estamos entre família, a conviver, ou quando juntamos velhos amigos que já não vemos há anos… a comida está sempre presente! E podemos até nem nos lembrar muito bem do local onde estivemos, ou do que falamos, mas aquele bolo delicioso que nunca tínhamos provado, aquele gelado cremoso e refrescante, aquele assado típico da região tão aromático irão ficar para sempre nas nossas memórias… é isso que adoro na gastronomia!
Cozinhar é para mim um enorme prazer, mas a expectativa da opinião de quem prova, as suas reações, comentários e opiniões deixam-me felicíssima também…
O que não gosto… detesto favas e não consigo comer comida muito picante, mas as favas ganham este duelo, sem dúvida. Só o odor delas no ar é suficiente para me deixar indisposta (risos) e, assim e repente, acho que é o único legume que não como.
Você disse que se considerava a pior cozinheira do mundo. Quando você finalmente descobriu que tinha dotes para a Culinária? Alguém ou alguma situação te influenciou a aprender mais sobre o mundo gastronômico?
Penso que não perceberam (risos), eu não me considerava… eu era mesmo a pior cozinheira do mundo! E a melhor prova disso foi a minha célebre mousse de limão! A minha mãe adora limão e eu, ingénua como sempre, achei que era uma boa oportunidade para praticar na cozinha e fiz-lhe uma mousse de limão… segui todas as medidas indicadas na receita, todos os passos. A mousse tinha um cheiro horrível e ninguém quis provar, claro! Valeu-me a minha fiel companheira, a cadelinha que me acompanhou desde que me conheço por gente, que a devorou sem reclamar e, sinceramente, não sei como foi capaz… aquilo estava realmente intragável (risos).
Quando descobri que era capaz de fazer algo comestível (risos) tive o apoio dos meus pais e namorado, bem como a da minha família mais querida, apesar de apenas provarem os meus cozinhados algumas vezes no ano. E esse apoio, essa motivação e as críticas construtivas que foram fazendo foram fundamentais para o arranque. Mais tarde, o apoio dos seguidores do blogue ajudou muito… senão fosse todo o apoio que recebo diariamente já tinha desistido, nas alturas em que tenho muito trabalho, de publicar as minhas receitas e, quem sabe até mesmo de cozinhar. Por isso a todos aproveito agora para deixar os meus agradecimentos, muito obrigada!
Em se tratando de utensílios, aparelhos, equipamentos, ingredientes... O que não pode faltar na cozinha?
A minha cozinha é bastante modesta em termos de eletrodomésticos (risos), preciso apenas do básico: um forno elétrico estável, uma batedeira elétrica, uma picadora e uma varinha mágica são suficientes para a confecção das receitas que publico no blogue, e são realmente os que utilizo. Não vivo também sem espátulas… utilizo-as para tudo e são uma enorme ajuda! Acho que é o meu utensílio favorito, chega a todo o lado e poupa-me imenso tempo.
Ai, os ingredientes… chocolate, baunilha e natas não podem faltar na dispensa… são a base das receitas que mais gosto de cozinhar: sobremesas (risos)! As sobremesas deixam qualquer pessoa ansiosa, são o culminar de uma refeição e toda a gente arranja sempre um espacinho para provar… principalmente se for de chocolate.
Mas, saindo das sobremesas, não seria capaz de viver sem as minhas ervas aromáticas e especiarias que uso em todo o tipo de receitas, desde sopas, a entradas, pratos principais e mesmo em sobremesas… tomilho, manjericão e orégãos são algumas das ervas aromáticas que cultivo em casa e, sem dúvida, as minhas favoritas. Quanto às especiarias adoro a canela, os cominhos, o caril e as misturas de 5 pimentas.
Dentre suas receitas, você tem uma preferida e que gostaria de indicar para os nossos leitores? O que a torna tão especial para você?
É difícil escolher apenas uma receita, mas a minha escolha tem que fazer jus, sem dúvida, ao meu passado, aos sabores e texturas que fizeram parte da minha infância, às minhas memórias… não podendo deixar de ser o Pão-de-ló Tradicional, uma receita deliciosa e simples de confeccionar, que acompanhou a minha infância nas mais diversas ocasiões e com o qual, ainda hoje, me delicio!
Como o nome indica, é uma receita que vem de trás… é uma receita da minha avó materna que passou depois para o caderno de receitas, desbotado pelo tempo, da minha mãe, que ainda hoje está, na última gaveta da cozinha, com a receita deste maravilhoso pão-de-ló! Estas duas mulheres extraordinárias, que são para mim um exemplo de força e determinação, são também os pilares da minha paixão pela cozinha porque toda a minha vida comi bem graças a elas, graças aos seus cozinhados, ao amor que depositam em cada prato…
Você poderia deixar uma mensagem, dica ou sugestão para os leitores do Receitas sem Fronteiras?
Gostaria que as pessoas reservassem algum do seu tempo para a cozinha, que sentissem o verdadeiro prazer de cozinhar, que pudessem conhecer o seu forno, sentir o sabor e textura dos alimentos, brincando com eles… porque aprendi, por experiência própria, que tudo é possível quando nos dedicamos de alma e coração, quando lhe dedicamos tempo e amor! É tão bom cozinhar calmamente, juntar, mistura e envolver os ingredientes, sentir os aromas… o odor delicioso do pão no forno, o fragrante aroma da canela que se espalha pela casa… que, na minha opinião, todos deveriam experimentar e, acima de tudo, apreciar.
Sugiro também se chegam felizes em todos os momentos possíveis, porque a felicidade é isso mesmo… pequenos momentos que nos fazem sorrir quando os relembramos, e quem sabe verter uma lágrima de saudade.
A ideia nunca me tinha ocorrido… se há alguns anos me dissessem que eu ia adorar cozinhar e que teria um blogue de culinária, eu diria que estavam malucos (risos) e que claramente não me conheciam! Era a pior cozinheira do mundo e as sucessivas tentativas arruinadas fizeram-me desistir de compreender a cozinha, e mantive-me afastada.
Certo dia quis fazer uns raviolis de compra e, ao pesquisar na Internet, encontrei o fórum Sabor Intenso: uma comunidade repleta de receitas, vídeos, truques e dicas… enfim, tudo o que se pode precisar para aprender a cozinhar, ou até mesmo melhorar as nossas receitas e encontrar muitas outras novas. Mas acima de tudo encontrei nessa comunidade um enorme apoio, que me incutiu o gosto pela cozinha, pela experiência e também pela partilha das minhas experiências culinárias.
E assim, alguns meses depois, nasceu o blogue Arco-íris na Cozinha que era, inicialmente, uma forma de guardar as receitas de que tínhamos gostado lá em casa, funcionando como um bloco de notas, porque eu sou muito desorganizada e, como tal, nunca sabia onde estavam as receitas que queria, era uma confusão (risos)! E desta forma, tendo este compromisso de ir colocando novas receitas, consegui organizar-me e satisfazer o bichinho que foi crescendo cada vez mais dentro de mim ao longo destes quase dois anos de blogue…
Hoje em dia o blogue é uma parte importante da minha vida, é a minha segunda ocupação, depois dos estudos claro, e todas as etapas que o envolvem são relaxantes e gratificantes: desde a seleção da receita, à sua confecção e publicação.
De forma geral, como você aborda cada tema em seu blog, como escolhe as receitas e as fotos? Existe um tema/área em especial que te interessa mais na Culinária?
Normalmente escolho as receitas em revistas, livros, ou ainda em programas de televisão ou blogues de culinária que sigo, adaptando a receita aos ingredientes que tenho em casa ou que quero experimentar, dando preferência a produtos naturais, bem como frutas e legumes sazonais.
Neste momento devo ter marcadas, sem exageros, umas duas mil receitas (risos) e, sem grandes expectativas claro, gostava de as confeccionar a todas… se bem que, o ritmo a que as coleciono seja claramente superior (risos), mas quem gosta de cozinhar percebe o que quero dizer!
Existe, recentemente, uma nova temática no blogue, que tem um significado especial para mim que são as receitas para diabéticos. A minha bisavó foi um pilar da minha infância e deu-me sempre o melhor, mesmo sem eu ter consciência disso; ela sofria de diabetes e a doença piorou muito a vida dela, a doença roubou-lhe qualidade de vida e levou-lhe os membros inferiores, e praticamente toda a visão e a audição, e isso marcou-me muito.
Quando, há alguns meses, uma leitora do blogue me sugeriu que confecciona-se receitas adaptadas a pessoas com este problema, nem pensei duas vezes! Era a minha oportunidade de ajudar alguém e de agradecer à minha bisavó por tudo… então comecei a pesquisa o assunto, arranjei alguns livros e agora, sempre que posso, publico receitas para diabéticos, mas também para quem pretende ter uma alimentação mais saudável, havendo sobretudo sobremesas, como seria de esperar (risos).
Conte-nos sobre algo que você não gosta na Gastronomia. E também sobre o que você mais gosta.
É mais fácil para mim falar do que gosto na gastronomia porque ela marca-nos profundamente e, muitas vezes, nem nos damos conta disso… sempre que estamos entre família, a conviver, ou quando juntamos velhos amigos que já não vemos há anos… a comida está sempre presente! E podemos até nem nos lembrar muito bem do local onde estivemos, ou do que falamos, mas aquele bolo delicioso que nunca tínhamos provado, aquele gelado cremoso e refrescante, aquele assado típico da região tão aromático irão ficar para sempre nas nossas memórias… é isso que adoro na gastronomia!
Cozinhar é para mim um enorme prazer, mas a expectativa da opinião de quem prova, as suas reações, comentários e opiniões deixam-me felicíssima também…
O que não gosto… detesto favas e não consigo comer comida muito picante, mas as favas ganham este duelo, sem dúvida. Só o odor delas no ar é suficiente para me deixar indisposta (risos) e, assim e repente, acho que é o único legume que não como.
Você disse que se considerava a pior cozinheira do mundo. Quando você finalmente descobriu que tinha dotes para a Culinária? Alguém ou alguma situação te influenciou a aprender mais sobre o mundo gastronômico?
Penso que não perceberam (risos), eu não me considerava… eu era mesmo a pior cozinheira do mundo! E a melhor prova disso foi a minha célebre mousse de limão! A minha mãe adora limão e eu, ingénua como sempre, achei que era uma boa oportunidade para praticar na cozinha e fiz-lhe uma mousse de limão… segui todas as medidas indicadas na receita, todos os passos. A mousse tinha um cheiro horrível e ninguém quis provar, claro! Valeu-me a minha fiel companheira, a cadelinha que me acompanhou desde que me conheço por gente, que a devorou sem reclamar e, sinceramente, não sei como foi capaz… aquilo estava realmente intragável (risos).
Quando descobri que era capaz de fazer algo comestível (risos) tive o apoio dos meus pais e namorado, bem como a da minha família mais querida, apesar de apenas provarem os meus cozinhados algumas vezes no ano. E esse apoio, essa motivação e as críticas construtivas que foram fazendo foram fundamentais para o arranque. Mais tarde, o apoio dos seguidores do blogue ajudou muito… senão fosse todo o apoio que recebo diariamente já tinha desistido, nas alturas em que tenho muito trabalho, de publicar as minhas receitas e, quem sabe até mesmo de cozinhar. Por isso a todos aproveito agora para deixar os meus agradecimentos, muito obrigada!
Em se tratando de utensílios, aparelhos, equipamentos, ingredientes... O que não pode faltar na cozinha?
A minha cozinha é bastante modesta em termos de eletrodomésticos (risos), preciso apenas do básico: um forno elétrico estável, uma batedeira elétrica, uma picadora e uma varinha mágica são suficientes para a confecção das receitas que publico no blogue, e são realmente os que utilizo. Não vivo também sem espátulas… utilizo-as para tudo e são uma enorme ajuda! Acho que é o meu utensílio favorito, chega a todo o lado e poupa-me imenso tempo.
Ai, os ingredientes… chocolate, baunilha e natas não podem faltar na dispensa… são a base das receitas que mais gosto de cozinhar: sobremesas (risos)! As sobremesas deixam qualquer pessoa ansiosa, são o culminar de uma refeição e toda a gente arranja sempre um espacinho para provar… principalmente se for de chocolate.
Mas, saindo das sobremesas, não seria capaz de viver sem as minhas ervas aromáticas e especiarias que uso em todo o tipo de receitas, desde sopas, a entradas, pratos principais e mesmo em sobremesas… tomilho, manjericão e orégãos são algumas das ervas aromáticas que cultivo em casa e, sem dúvida, as minhas favoritas. Quanto às especiarias adoro a canela, os cominhos, o caril e as misturas de 5 pimentas.
Dentre suas receitas, você tem uma preferida e que gostaria de indicar para os nossos leitores? O que a torna tão especial para você?
É difícil escolher apenas uma receita, mas a minha escolha tem que fazer jus, sem dúvida, ao meu passado, aos sabores e texturas que fizeram parte da minha infância, às minhas memórias… não podendo deixar de ser o Pão-de-ló Tradicional, uma receita deliciosa e simples de confeccionar, que acompanhou a minha infância nas mais diversas ocasiões e com o qual, ainda hoje, me delicio!
Como o nome indica, é uma receita que vem de trás… é uma receita da minha avó materna que passou depois para o caderno de receitas, desbotado pelo tempo, da minha mãe, que ainda hoje está, na última gaveta da cozinha, com a receita deste maravilhoso pão-de-ló! Estas duas mulheres extraordinárias, que são para mim um exemplo de força e determinação, são também os pilares da minha paixão pela cozinha porque toda a minha vida comi bem graças a elas, graças aos seus cozinhados, ao amor que depositam em cada prato…
Você poderia deixar uma mensagem, dica ou sugestão para os leitores do Receitas sem Fronteiras?
Gostaria que as pessoas reservassem algum do seu tempo para a cozinha, que sentissem o verdadeiro prazer de cozinhar, que pudessem conhecer o seu forno, sentir o sabor e textura dos alimentos, brincando com eles… porque aprendi, por experiência própria, que tudo é possível quando nos dedicamos de alma e coração, quando lhe dedicamos tempo e amor! É tão bom cozinhar calmamente, juntar, mistura e envolver os ingredientes, sentir os aromas… o odor delicioso do pão no forno, o fragrante aroma da canela que se espalha pela casa… que, na minha opinião, todos deveriam experimentar e, acima de tudo, apreciar.
Sugiro também se chegam felizes em todos os momentos possíveis, porque a felicidade é isso mesmo… pequenos momentos que nos fazem sorrir quando os relembramos, e quem sabe verter uma lágrima de saudade.